Mais Alto
Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo nao conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
A rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!
Florbela Espanca
2 comentários:
um belo exemplar da poesia desta mulher da qual sou fã :D
Muito bem, sobrinho.
Estou a gostar da tua assiduidade, agora, no teu blog. E gosto da Florbela, como seria de esperar...
Beijinhos
Enviar um comentário